sábado, 30 de agosto de 2008

Existência

Bom, hoje não tenho nada muito preparado para falar sobre, então deixo pra vocês um vídeo que vi ontem, e achei muito interessante. É sobre uma maneira de imaginar as dez dimensões.

http://www.tenthdimension.com/medialinks.php

A primeira vez que ouvi falar que o universo não teria apenas quatro dimensões (as três espaciais e o tempo), mas sim dez, fiquei extremamente confuso e pensei "Nossa, nunca vou entender isso, deve ser algo muito complicado e teórico". E ontem, vi esse vídeo, que apesar de não conter a explicação "oficial" para a teoria das dez dimensões, tem bastante lógica (pelo menos nas partes que eu entendi), e é muito interessante.

Na verdade, depois de escrever o segundo post do blog, passei a pensar se não seriam as possibilidades a quinta dimensão, seguinte ao tempo. Várias linhas do tempo diferentes, cada uma contendo os desdobramentos de uma escolha ou possibilidade em toda a história do universo, comporiam essa dimensão. Mas no vídeo, pelo que eu entendi, o autor da idéia considera duas dimensões a partir desse conceito: a quinta seria composta de todas as linhas do tempo possíveis a partir do instante em que estamos, enquanto uma sexta dimensão considera todas as linhas do tempo possíveis a partir de qualquer momento da história do universo, o que não deixa de fazer sentido.

Continuando com o conceito que ele usa desde o começo, de imaginar todas as dimensões anteriores como apenas um ponto da dimensão seguinte, vem o conceito da sétima dimensão. "Nosso" ponto na sétima dimensão seria composto por todas as linhas de tempo possíveis desde nosso Big Bang, até o fim do universo. Um outro ponto nessa dimensão seria todas as possibilidades num universo que começasse de uma maneira diferente - com as regras da física diferentes, pelo que eu entendi. Por exemplo, um universo com fundo amarelo-gema por algum motivo. Daí, traçando uma linha entre os dois pontos, teríamos a sétima dimensão.

Nesse momento que não entendi ao certo como o autor concebe as oitava e nona dimensão. Acho que ele quer dizer que a linha que traçamos na sétima dimensão representa a diferença gradual entre os dois pontos que temos. As duas dimensões seguintes seriam talvez para outros parâmetros de diferenciação de condições iniciais? Não sei ao certo.

No final do vídeo o autor chega à décima dimensão novamente com um ponto, contendo todos os universos que possam ser iniciados, cada um contendo todas as linhas possíveis de se desdobrarem, cada linha com as dimensões espaciais e a temporal, da qual somos mais íntimos. E daí, não há mais para onde ir.

Se o universo, sua grandeza, beleza e mais tantos outros adjetivos já não fosse suficiente, temos aí algo ainda mais fascinante. Não haveria apenas as dimensões espaciais, não haveria apenas o tempo. Haveria uma infinitude de linhas do tempo possíveis a partir do momento em que estamos, e a partir de todos os momentos que já se passaram, respectivamente nas quinta e sexta dimensões. E isso só para nosso universo, ainda haveria aqueles que conseguimos ou não imaginar, nas sétima, oitava e nona dimensão, baseando-se em condições diferentes para seus inícios.

Seria então a existência o topo de tudo, no final das contas?

2 comentários:

Anônimo disse...

Rabaaaaaaaaaay, adorei o video!
O engraçado é, quando o narrador fala: "so far so good" eu já me perdi no vídeo há tempos, lol.

É miuto didático e interessante. Pode até ser que não seja bem assim, mas para uma introdução ao assunto, nada deve.

E lendo o seu texto, vejo que você se perdeu no mesmo ponto que eu, hahaha.
Não sei se seria a existência o topo de tudo, mas é um conceito interessante a se pensar...

Ivan Yukio disse...

>"Seria então a existência o topo de tudo, no final das contas?"

Acho que longe disso, um corpo que exista em uma só dimensão não deixa de ser menos existente que um supercorpo de 5 dimensões.

Aliás, se um corpo de 5 dimensões aparecesse na nossa frente, iríamos enxergar meramente um corpo de 3 dimensões e que persistiria no tempo. Da mesma forma que não conseguimos representar o tempo em um desenho, nosso cérebro não estaria treinado para representar a quinta dimensão na nossa visão. Mas isso não quer dizer que aquela dimensão não exista.

E mesmo para as técnicas mais desenvolvidas de detecção desse tipo de dimensão extra, gasta-se muita energia para detectar um resquício do fenômeno, já que essas outras 11 dimensões estão muito comprimidas e invísiveis para nossa realidade.

Fora que muitas dessas dimensões propostas podem e devem ser meramente virtual de acordo com as teorias, e se você considerar que virtual não faz parte da existência real, a totalidade das dimensões se afasta mais ainda do conceito de existência.