sábado, 31 de maio de 2008

Eu voto pelo "talvez voto"

Mais um ano de eleições, desta vez municipais, e mais uma vez eu não tenho a menor idéia de em quem vou votar. Talvez esse ano esteja tudo muito pior, porque nem o pouco interesse que eu tinha nas épocas de eleições passadas (principalmente na primeira em que de fato eu tive que votar) eu pareço ter agora.

Eu sinceramente não entendo nada de política. Me parece uma coisa em que tantos interesses e tantos fatores estão envolvidos, que não consigo tirar nenhuma conclusão exata. Por exemplo, afinal, o Brasil vive um bom momento econômico? Esse bom momento é resultado da gestão atual? Ou a suposta boa situação atual (ao que me parece) foi resultado das administrações passadas? Ou mesmo do crescimento econômico de todo o mundo, acompanhado da crise nos EUA? A pouca instrução do presidente Lula é fator crucial para julgá-lo como bom ou mau presidente? As denúncias que não param de aparecer – como analisa-las? Alguns dizem que o governo FHC teve tantos casos de corrupção quanto a administração petista, só que eles foram encobertos, por exemplo.

Enfim, esses e alguns outros pontos mostram como a política parece algo complicado, pelo menos pra mim. E então, quando chega a época de eleições, tudo fica mais confuso. Aparecem denúncias de corrupção “de última hora”. Os candidatos fazem suas propagandas políticas totalmente maquiados pelos marqueteiros, transmitindo a melhor imagem que a edição possa produzir. Na maior parte do tempo, não há uma comparação objetiva de propostas – apenas a costumeira troca de acusações e a exaltação do que já foi feito.

E então vem o ponto onde eu quero chegar: o voto. Mesmo eu não sabendo em quem votar, mesmo eu não “correndo atrás” (por, admito, preguiça e desinteresse) de um candidato para analisar suas propostas e comparar com as dos outros em meios confiáveis (embora eu me pergunte se eles existem de fato), eu sou obrigado a votar em alguém. Não só eu, mas milhões de brasileiros com mais de 18 anos.

Uma solução possível para essa minha indecisão (ou talvez seria melhor chamar de ignorância política?) seria votar em branco ou nulo. Mas aí vem outra linha de pensamento. Votando em branco ou nulo, é como se eu concordasse com a vitória de que está à frente nas pesquisas. E, considerando-se que o brasileiro, talvez por falta de instrução, talvez por falta de discernimento, talvez por uma simples naturalidade, possa acabar votando na melhor campanha em vez de votar naquele que seria o melhor líder ou no partido que tem as melhores propostas, o meu voto em branco ou nulo poderia ser interpretado como uma passividade ante essa situação. Poderia ser entendido como estar votando nesse candidato, que pode injustamente estar na frente.

O que eu tenho feito a respeito disso nas últimas eleições é certamente curioso. Já tentei decidir definitivamente, independentemente de números de pesquisas, entre um candidato e outro em situações passadas (claro, nunca de maneira muito interessada), às vezes alternando até entre três ou quatro, mas no final das contas, com a minha indecisão, acabava votando no segundo colocado. O motivo disso seria evitar a possibilidade de vitória em primeiro turno do candidato à frente nas pesquisas, também elevando seu número de votos, e assim prolongando a “discussão” (não só minha como do país inteiro).

Certamente essa não é a saída correta. Eu deveria pesquisar mais sobre cada candidato, comparar melhor as propostas e definir meu voto. Mas mesmo que eu vencesse a preguiça, eu seria capaz de discernir de fato qual o melhor candidato, com base nas informações que me fossem disponibilizadas? Além disso, mesmo que eu fizesse isso, quem garante que a maior parte dos brasileiros também faria?

Eu penso no voto facultativo como uma solução para esse problema. Se o voto não fosse obrigatório, teoricamente quem votaria seriam somente as pessoas que definiram seu voto com consciência, após analisar com bom senso os fatos (também nesse ponto entra um pouco de conscientização da população a respeito de não se deixar levar apenas por propagandas). Ou será que estou enganado, e as pessoas que se deixam levar pela simpatia de um candidato, por exemplo, continuariam votando do mesmo jeito, pensando estar fazendo o certo?

Agora, se caso o voto realmente não fosse obrigatório, então eu não votaria, assumindo minha ignorância política, ou mesmo meu desinteresse. Mas ao mesmo tempo deveria esperar que só votassem aqueles que realmente ponderaram antes de fazer a melhor escolha para o país.

Caberia um plebiscito para decidir se o voto deve ser obrigatório?

PS.: Efeito Drouste: o plebiscito citado deveria ser por voto obrigatório ou não? XD

sábado, 24 de maio de 2008

Trodonte - Capítulo 1

Norte da Inglaterra - Cretáceo, 65 milhões de anos atrás

Em uma das muitas florestas de coníferas que cobriam o planeta ao final do cretáceo, um distinto grupo de dinossauros conscientes parava por um momento para um breve descanso.
Pertencentes à raça dos trodontes, esses dinossauros lembravam um pouco o animal do qual haviam evoluído, o Troodon. Os olhos ainda eram avantajados, mas em comparação aos dos seus ancestrais, estavam mais cobertos pela carne dos músculos ao redor, adicionando agressividade à fisionomia dos indivíduos. As pupilas permaneciam com a forma alongada, determinando-os definitivamente como répteis. A cauda havia diminuído consideravelmente, tornando-se mais um membro robusto que um elemento que ajudasse o dinossauro a correr com o corpo alongado na horizontal – mesmo porque os trodontes não mais andavam nesta posição, e sim de forma ereta. Os braços e o tórax apresentavam mudanças mais aparentes – haviam se tornado maiores e mais musculosos, acompanhando as necessidades dos trodontes em evolução. Já o focinho era mais retraído do que o dos ancestrais, tornando a forma do crânio mais compacta e menos alongada.


O curioso grupo vestia roupas de couro de diferentes cores, de diferentes animais caçados em torno de todo o mundo. Essas roupas, tais quais as roupas humanas, destinavam-se primariamente à cobertura das pernas e do tórax, com a diferença que as calças desses dinossauros possuíam uma terceira abertura, de diâmetro um pouco maior, para a cauda.
Diversos apetrechos pendiam das vestimentas do grupo, mas predominava a visão das armas que cada trodonte carregava consigo. Arcos longos e curtos, aljavas repletas de flechas, escudos, espadas curtas e longas, atiradeiras, dentre outras. Todo esse aparato, dada a época e a natureza de seus possuidores, tinha apenas uma explicação: eram caçadores.
Dos dez indivíduos que constituíam esse grupo, apenas um era do sexo feminino. A aparência das trodontes não era muito diferentes da dos trodontes, apenas os traços do rosto eram mais finos e delicados e os músculos eram bem menores. Mas o porte mais esguio conferia agilidade à elas, algo que poderia ser tão ou mais importante numa luta que a força física.
O nome da trodonte era Thescella Struthi. Extremamente bonita para os padrões desses dinossauros, suas escamas eram marrons e beges (enquanto boa parte do grupo tinha as escamas marrons e verdes), definindo sua origem como do Extremo Leste. O brilho de suas cores caracterizava-a, também, como uma jovem. Apesar de tudo isso, aquela jovem era tão ou mais experiente quanto todos os caçadores que a acompanhavam


O grupo de caçadores aproveitava a pausa comendo figos, uma das frutas que já existia no cretáceo. Já estavam em caçada há uma semana, e esta já se mostrava produtiva. Dois estegossauros havia sido habilmente separados do bando e abatidos, mais ainda faltava encontrar um dos ninhos das criaturas para coletar seus ovos.
Dois dos caçadores, provavelmente os mais experimentados e ao mesmo tempo os mais esforçados, conversavam animadamente sobre como haviam se saído no dia anterior, sendo que um deles havia dado o golpe final numa das criaturas.

- Pois então, você viu o ponto exato que a minha flecha perfurou o tórax do estegossauro? – disse um deles, cortando um pedaço de figo e engolindo-o, quase sem mastigar.

- Bem, eu não vi exatamente na hora em que você atirou, eu estava do outro lado. Mas sim, depois eu vi o ferimento, bem acima do ombro, antes de darmos o golpe de misericórdia. Mas por que você não acertou a cabeça primeiro? – perguntou o segundo caçador, enquanto procurava algo em sua mochila.

- A cabeça do estegossauro é pequena. – continuou, gesticulando com as mãos, quase como um professor empolgado – É aí que entra minha teoria.

O segundo caçador fez uma cara de leve surpresa, mas no fundo desconfiando das habilidades do colega. Tirou então uma moringa da mala, junto de dois copos. Serviu a si mesmo e ao falante colega de água, pegando então um figo e cortando-o para melhor mastiga-lo.

- Bem, na verdade, minha teoria não – seguiu na explanação o primeiro caçador. – Já encontrei muitos caçadores que dizem ter caçado estegossauros do mesmo jeito. A teoria diz que existe um ponto fraco logo acima do ombro desse dinossauro. Você viu o quão rápido ele caiu, logo com a minha primeira flecha?

O companheiro assentiu com a cabeça. Era verdade, o estegossauro havia caído excepcionalmente rápido para uma flecha que havia acertado o ombro.

- E você disse algo sobre isso… - foi então que o segundo trodonte sentiu uma repentina sonolência. Estranhou muito aquilo. Esfregou os olhos, mas de nada adiantava. Agora parecia meio tonto, entorpecido. Logo sua visão começava a falhar.

- Você está bem? – perguntou o primeiro trodonte. Segurou o amigo com as duas mãos pelos ombros, um segundo antes dele desmaiar em seus braços.

Confuso, o primeiro trodonte, então, começou a sentir o mesmo que o amigo. Ficou em pânico ao olhar em volta. Haviam mais dois do grupo caídos. Ele botou o companheiro no chão e tentou alguns passos, mas caiu no chão, desfalecido. Antes de cair, olhou para a mão do companheiro, e então entendeu a causa daquilo: os figos.

sábado, 17 de maio de 2008

Não mais simples joguinhos

Quando eu era criança, eu costumava jogar muito vídeo-game. Cheguei a ter o primeiro vídeo-game lançado no Brasil, o Atari 2600 (ou seria 3600? Não me lembro), depois tive o Master System, seguido do Super Nintendo e, finalmente, o Playstation (1), que foi meu último vídeo-game, pelo menos até agora.

Por algum motivo eu acabei deixando de lado o vídeo-game; ou melhor, acabei não acompanhando os seguintes lançamentos, lembro-me no máximo de querer comprar um Nintendo 64 à época do lançamento, o que acabou não vingando. Acho que os jogos de computador e a internet também devem ter ajudado a me afastar dos lançamentos, além do fato de eu acabar sempre jogando na casa de algum amigo, e jogos que geralmente, sozinhos, não tem a mesma graça (Mario Party seria um bom exemplo disso).

Mas recentemente, eu acabei "retornando" a esse mundo, coisa que eu aconselho os antigos jogadores a fazer, e aqueles que nunca foram, a pelo menos experimentar (afinal a indústria cresceu muito, é razoável pensar que eles progrediram na capacidade de agradar a diferentes tipos de jogadores). Pois bem, peguei um Playstation 2 emprestado, mais precisamente a princípio pra jogar o jogo da série 24 Horas. E então veio o choque. Parecia que os jogos tinham avançado tanto, em comparação com o que eu conhecia “da minha época”. Não só quanto aos gráficos, que eu já certamente tinha visto, mas a jogabilidade de alguns deles, como God of War 2 por exemplo (que junto do jogo de 24 Horas, eu terminei em uma semana), os tornava assustadoramente viciante.



E hoje, eu passei para a atual última geração em definitivo. Tive o privilégio de jogar Xbox 360, e entre os jogos, a sensação do momento, GTA4. O vídeo-game não fui eu que comprei, mas um amigo cujo irmão viajou para os EUA, onde os preços são bem mais acessíveis; eu apenas fui lá jogar. E eu digo sensação do momento porque esse jogo bateu o recorde de um lançamento da indústria do entretenimento, ou seja, suas vendas superaram em lucros os de qualquer filme ou livro para o mesmo período de tempo.

Os gráficos são de impressionar, o nível de detalhamento é tamanho, que a cidade de GTA4 praticamente tem vida própria. É como se fosse mais que um jogo, quase um simulador da realidade, chegando ao ponto de que você pode assistir uma programação completa de TV dentro do jogo, podendo até parar para ligar para o telefone provindo de uma propaganda e fazer uma compra.



Mas não é só esse jogo, outros também são muito detalhados. Por exemplo, Call of a Duty 4, um jogo de guerra em que realmente você se sente dentro de uma guerra, com gritos conflitantes e a fragilidade do seu personagem (um ponto a mais para a simulação). Quanto aos detalhes, chega a ser estranho imaginar que tanto trabalho foi direcionado a esses jogos, e um número tão pequeno de pessoas, pelo menos no Brasil, é capaz de conferir isso, principalmente devido aos impostos que esses eletrônicos têm que pagar antes de entrar e que inviabiliza seu comércio para o grande público (meu amigo disse que não conhecia nenhum brasileiro que tenha comprado aqui esse video-game). Eu li a respeito, não sei se informação procede, que esses impostos visariam proteger a indústria nacional… Mas isso é realmente justo? A indústria nacional produz algo de relevante na área de jogos eletrônicos? Não seria essa uma política equivocada, feita por gente que não conhece nada do assunto?

Retornando aos jogos em si. Devo dizer que os gráficos me impressionaram, mas vale lembrar que a diversão também é importante. Apesar de achar os outros jogos bonitos, eu acabei jogando muito mais Guitar Hero III, que é um jogo simples em concepção, onde os gráficos não são o ponto mais importante. Algo parecido com o que acontece com a maioria dos jogos do Wii. Os jogos são mais divertidos e intuitivos, em vez de aprimorados graficamente. Eu, antes de jogar Guitar Hero, pensava que só jogadores experientes seriam capazes de fazer as seqüências, mas logo acabei pegando o jeito, e me viciando no jogo.

Pode parecer então que os jogos mais divertidos que “bonitos” devem prevalescer. Não necessariamente. Esses jogos, como GTA4, Call of Duty, podem só parecer difíceis e "chatos" a princípio. Com o tempo (e a experiência ao joga-los) eles poderão ser tão ou até mais divertidos que os jogos, vamos dizer, “automáticos”.

Pra terminar, o que esperar do futuro? Eu espero uma conciliação, talvez até para a próxima geração de vídeo-games, da interatividade com os gráficos aprimorados. Claro, também, os dois podem ainda ser muito aprimorados. Encerro com o seguinte link, com um vídeo que me impressionou, de como o Wii por exemplo poderia ser explorado ainda mais futuramente.

sábado, 10 de maio de 2008

Sobre o uso de dinossauros no campo de batalha (parte 2)

Saurópodes

O uso dos saurópodes no campo de batalha se justifica por dois motivos: a posição privilegiada que eles dão aos arqueiros e a invasão de fortalezas e áreas protegidas em geral.

No caso dos arqueiros, principalmente aqueles que usam arcos de longo alcance, estes se beneficiam pois podem obter, caso se posicionem na cabeça desses dinossauros, a melhor posição para efetuar o disparo de suas flechas. Essa tática é especialmente útil quando trata-se de eliminar um ou mais soldados trodontes que estejam de sentinela. Um técnica constantemente empregada por esses soldados consiste em se esconder, conjuntamente com o saurópode, atrás de alguma obstrução (na maior parte dos casos do próprio terreno) que impeça a visão do alvo. Ao dinossauro é então dada a ordem, pelo montador, para erguer apenas cabeça (o pescoço longo do animal permite alcança uma altura de até dez metros). O arqueiro terá então uma posição excepcional para efetuar o disparo.
Em meio à batalha, os arqueiros também podem fazer bom uso da posição privilegiada em cima da cabeça do dinossauro, principalmente a fim de atingir seteiras nas muralhas inimigas com mais exatidão.

Mas talvez o uso mais extraordinário dessas criaturas seja na invasão de fortalezas. Mesmo muralhas com 15 metros de altura não podem impedir o avanço de um exército que esteja empregando alguns Brachiosaurus, por exemplo, afinal os soldados trodontes facilmente escalarão pelo dorso do dinossauro, se este for corretamente posicionado. Além disso, esses animais podem transportar facilmente tropas de elite inteiras, com algumas dezenas de soldados, pelo campo de batalha.

O uso desses dinossauros, entretanto, é o mais caro entre todos, devido às dificuldades na criação e também à armadura que deve ser empregada para protege-los, principalmente nas pernas, pois se estas forem seriamente golpeadas a criatura virá abaixo sem poder mais se levantar, e no pescoço, onde uma simples lança pode significar a morte. Além da armadura é importante cercar este dinossauro com outros dinossauros para protege-lo, como os anquilossauros ou ceratopsídeos.

A armadura, vale lembrar, deve ser especialmente produzida por ferreiros especializados, pois além de proteger, deve garantir que os soldados trodontes possam se apoiar e/ou andar sobre ela sem dificuldades.

Os saurópodes mais empregados no campo de batalha são:
- O Brachiosaurus, a espécie maior, com até 23 metros de comprimento e por volta de 80 toneladas de peso;
- O Shunosaurus, uma espécie menor (até 14 metros de comprimento e 9 toneladas de peso), porém com o diferencial de ter uma clava óssea na cauda, melhorando sua capacidade de defesa;
- O Diplodocus, uma das espécies mais compridas com cerca de 27 metros, e não tão pesada, cerca de 20 toneladas; a cauda deste dinossauro pode ser utilizada como chicote a fim de abater outras bestas.

Galimimos

O grupo dos galimimos é constituído pelas montarias individuais de uso geral no campo de batalha. Apesar de serem capazes de transportar apenas um soldado, as espécies mais rápidas podem ultrapassar os 60 km/h. Ideal para soldados portando lanças longas.

Os tipos mais usadas como montaria de combate são:
- O Galimimus, de 3 a 4 metros de comprimento, e que alcança os 50 km/h;
- O Dromiceiomimus, também de 3 a 4 metros de comprimento, mas que alcança até 60km/h.

Pterossauros

Os répteis voadores constituintes do grupo dos pterossauros são difíceis de se adestrar e por isso caros, mas o uso deles pode ter importância estratégica em certas batalhas.

Apesar do tamanho, essas criaturas são muito leves (o maior deles não ultrapassa os 100 kg de peso), o que justamente lhes garante a capacidade de voar. Mas isso torna também inviável o transporte de mesmo um único soldado.

O uso deles limita-se, então, ao arremessar de pedras ou mesmo grandes frascos com óleo fervente de alturas elevadas sobre as tropas inimigas. Dada a dificuldade dessas tarefas explica-se parte da dificuldade em se adestrar essas bestas para o uso em combate. Além disso, deve ser considerada a vulnerabilidade delas, afinal não se pode usar nenhuma armadura devido ao peso extra, impossível de ser carregado.

Os principais pterossauros empregados são:
- O Pteranodon, com 8 metros de envergadura das asas e cerca de 20 kg de peso; algumas linhagens desses animais são capazes de carregar por volta de 5 kg de peso;
- O Quetzalcoatlus, com até 14 metros de envergadura das asas (sendo a maior espécie) e cerca de 100 kg de peso; o peso máximo que já foi observado uma criatura dessas carregar foi de 20 kg.

Apêndice – O montador

O montador de dinossauros merece destaque especial. Ele será constantemente visado no campo de batalha pelos arqueiros inimigos, afinal é o único capaz de controlar sua criatura, e sem ele, ela se torna inútil.
Os montadores devem sempre usar armadura completa. Além disso, se possível, cada dinossauro deve ter um montador reserva, que permanece deitado e protegido sobre o dorso do animal e só se manifesta caso o montador original seja abatido.

sábado, 3 de maio de 2008

Sobre o uso de dinossauros no campo de batalha

Texto originalmente manuscrito por Acrocanthos C. Raptori
Reproduzido por: Zauros S. Struthi
Reproduzido por (em mãos): Derium S. Avacera


Desde as épocas mais remotas da civilização trodonte, os dinossauros são considerados peças cruciais no campo de batalha. Alguns especialistas consideram que o uso de dinossauros é mais importante até do que o de soldados comuns, considerando os últimos apenas como “elementos acessórios” das bestas em meio ao combate.

A velocidade, o tamanho, a resistência aos mais variados ataques, todas essas e mais outras características nas quais os dinossauros adestrados superam os soldados trodontes, identificam a importância deles numa guerra.

Este texto visa, primariamente, identificar cada tipo de dinossauro usado no campo de batalha. Em seguida, serão estudadas suas características, seus pontos fortes e fracos, como devem ser utilizados, como devem ser combatidos, entre outros pontos.

Ceratopsídeos

Os Ceratopsídeos são a linha de frente de qualquer exército. Os chifres das criaturas, alinhados com o solo, garantem que qualquer grupo que se choque contra eles, possuindo ou não dinossauros, saia seriamente ferido do confronto.

Se usados para a defesa, os ceratopsídeos devem ser postos em linha, protegendo os soldados trodontes e os outros dinossauros, logo atrás. O movimento de escavação, com o dinossauro inclinando a cabeça ligeiramente para baixo e jogando-a para cima, é ideal para acertar tanto mais soldados trodontes com eficiência (lançando-os para o alto), como outros dinossauros de combate, justamente nas parte vulneráveis (apesar de que dificilmente o oponente atacará uma linha de ceratopsídeos com uma besta como o anquilossauro).

No ataque, a tática é semelhante: os ceratopsídeos devem ser dispostos em linha reta, ocorrendo então o ataque de maneira uniforme, com o objetivo de atropelar o exército inimigo, causando a maior quantidade de dano possível aos seus soldados. Aqui o movimento de escavação não é recomendado, visto que é valorizada mais a velocidade e o momento ao qual estarão sujeitas as bestas.

Vale destacar que os ceratopsídeos ficam relativamente vulneráveis, se não protegidos, após o ataque inicial, quando a situação do campo de batalha torna-se mais caótica. Uma formação que pode impedir isso é o círculo fechado. Os ceratopsídeos com isso impedem os ataques traseiros (o ponto fraco de um ceratopsídeo é justamente esse). Além disso, essa formação é ideal para a proteção dos arqueiros e das máquinas de guerra como balistas e catapultas.

Entre os ceratopsídeos mais usados no campo de batalha, encontram-se:
- o Triceratops, a espécie mais robusta, chegando a 9 metros de comprimento;
- o Anchiceratops, uma espécie menor, de 6 metros de comprimento;
- o Styracosaurus, outra espécie menor, também de 6 metros, com o diferencial de possuir apenas um chifre frontal e uma “coroa” de chifres no topo do crânio.

Anquilossaurídeos

Os anquilossaurídeos, ou anquilossauros como são mais comumente falados, são as principais unidades de combate de um exército trodonte.

Com suas complexas armaduras naturais ósseas e a poderosa clava na ponta da cauda, esses dinossauros se destacam tanto na neutralização de dinossauros como os ceratopsídeos e os grandes saurópodes, como na derrubada de portões que impeçam a passagem do exército atacante.

Deve-se ressaltar a importância da defesa dos anquilossauros, devendo esta ser feita por soldados. Essas criaturas são ótimas no combate contra outros dinossauros, mas falham ao se proteger dos bravos soldados cuja missão é justamente mata-los. Apesar da grossa couraça, esses dinossauros possuem o ventre totalmente desprotegido, tanto que o modo mais eficaz de se matar um anquilossauro inimigo é fazendo com que um soldado trodonte perfure-o por baixo. Outra opção seria usar um ceratopsídeo que seja capaz de virá-lo para expor as partes vulneráveis, mas a experiência mostra claramente que os anquilossauros levam vantagem defendendo-se.

Um ponto forte dos anquilossauros que merece ser analisado mais a fundo, é sua grande capacidade em derrubar barreiras com suas clavas ósseas. No caso de um portão de madeira, por exemplo, dois Pinacossaurus são capazes de derruba-lo facilmente com golpes sucessivos e simultâneos. Existe um relato de um ataque à uma fortaleza em que, na impossibilidade de atacar os pesados portões de ferro por motivos de espaço, um general trodonte ordenou que todos os anquilossauros começassem a golpear conjuntamente e de maneira sincronizada as muralhas. Após algumas dezenas de golpes, apenas os seus pesados blocos restavam no chão.

Os anquilossaurídeos que apresentam melhores resultados no campo de batalha são:
- o Ankylosaurus, a maior espécie, que chega aos 10 metros de comprimento;
- o Pinacosaurus, uma espécie menor, de cerca de 5,5 metros (ideal para a derrubada de portões).

[continua]