sexta-feira, 25 de julho de 2008

Trodonte - Capítulo 2

Divisão política da América do Norte - Final do Cretáceo

No tempo dos trodontes, grupos de caça altamente especializados percorriam todo o globo à procura de dinossauros que pudessem satisfazer as necessidades, básicas ou não, da civilização em constante expansão. Essas necessidades eram extremamente variadas. O transporte de cargas, a construção de monumentos faraônicos, as guerras sangrentas e a simples alimentação eram os exemplos mais comuns.

Nessa antiga sociedade, uma instituição destacou-se por sua excelência na caça de dinossauros. Era a Guilda dos Caçadores, um grupo de trodontes espalhados por todo o mundo que, por algumas moedas de ouro, estavam dispostos a arriscar suas vidas no que era considerado, ao menos em seus livros, como uma arte: o rastreio e o abatimento daquelas incríveis criaturas.

O grupo que penetrava na floresta de coníferas ao norte do que hoje é a Inglaterra, não diferente de qualquer outro grupo que obedecia às ordens da Guilda dos Caçadores, era chefiado por um trodonte mais experiente na profissão, denominado pelas normas como Mestre de Caça. Esse líder, exatamente por sua experiência, normalmente postava-se à frente do grupo, em geral num ponto intermediário entre este e qualquer bando que os caçadores, costumeiramente, estivessem seguindo. Junto dele ficava o segundo caçador mais experiente do grupo, denominado também pelas normas como Monitor. O objetivo desse posicionamento era verificar com antecedência qualquer mudança de direção que os dinossauros pudessem fazer, sem entretanto assustar os animais com uma presença numerosa de caçadores, que por mais silenciosos que fossem, não passavam despercebidos aos sentidos mais aguçados das criaturas.

O nome do Mestre de Caça do grupo que seguia os estegossauros era Celeber. Seu porte era avantajado; seus músculos, bem definidos. As escamas eram amareladas e marrons, parecidas com as de Thescella – de fato, tinham a mesma origem, o Extremo Leste da Laurásia, o continente oriental da Terra ao fim do Cretáceo. Inclusive, a origem coincidente permitiu que eles se tornassem extremamente próximos durante o período da caçada, por mais que Celeber fosse uma figura famosa na Guilda, enquanto Thescella era apenas uma caçadora em treinamento, no caso, ainda em suas primeiras caçadas em campo.

Celeber já havia matado monstros que muitos dos integrantes do grupo apenas sonhavam. Um Tyranosaurus e um crocodilo gigante do Mesozóico, o Deynosuchus, eram alguns dos exemplares que o caçador gabava-se em ter derrotado. Inclusive, o orgulho com o qual ele contava suas histórias era sua marca registrada – e poucos o chamavam de convencido, pois além de merecer as glórias, ele recitava suas aventuras de maneira extremamente carismática.

O Monitor de Celeber, na ocasião, era um caçador quase tão experiente quanto ele, mas não tão famoso quanto. Seu nome era Decus. Era conhecido na Guilda por sua honra, e pelo respeito com o qual tratava os dinossauros caçados – Decus era a síntese do que os livros chamavam de “Comunhão Caça-Caçador”. Talvez por isso mesmo, não havia se lançado nas chamadas Caças Livres – quando um caçador ou grupo de caçadores abatia um animal apenas para aumentar sua graduação dentro da Guilda. As Caças Livres eram importantes para caracterizar o que um trodonte era capaz de fazer dentro da profissão. A relação de animais relevantes caçados por um integrante da Guilda era, muitas vezes, estudada pelos seus contratantes antes que estes lhe dessem os recursos e fizessem os pagamentos adequados relativos a uma expedição. Mas Decus, aparentemente, contentava-se com suas riquezas, que, assim como as de muitos caçadores, era suficiente para uma boa vida; e dessa forma, não almejava uma graduação alta, apesar de que esta já passava a se tornar, dados seus anos e anos de serviço.

Celeber, o Mestre de Caça e Decus, seu Monitor, estavam a apenas algumas dezenas de metros do grupo, que descansava numa pequena clareira. De longe, podiam observar claramente um conjunto de 5 a 10 estegossauros, que pastavam tranqüilamente. Ao mesmo tempo, aproveitavam a calma do momento para fazerem sua própria refeição – como o grupo, apenas alguns figos.

2 comentários:

Nefelibata disse...

Esse mapinha foi você quem fez? O alfabeto também é criação sua?

Rabay disse...

Desculpe a demora de TRÊS MESES pra responder heheheh, mas estava fuçando aqui agora, por algum motivo que nem eu sei o.o'

O mapa eu peguei na net (mas é a configuração do continente norte-americano mesmo no final do Cretáceo), só fiz a divisão política. O alfabeto eu usei uma fonte estranha do windows. E nomes de países da atualidade XD