sábado, 3 de maio de 2008

Sobre o uso de dinossauros no campo de batalha

Texto originalmente manuscrito por Acrocanthos C. Raptori
Reproduzido por: Zauros S. Struthi
Reproduzido por (em mãos): Derium S. Avacera


Desde as épocas mais remotas da civilização trodonte, os dinossauros são considerados peças cruciais no campo de batalha. Alguns especialistas consideram que o uso de dinossauros é mais importante até do que o de soldados comuns, considerando os últimos apenas como “elementos acessórios” das bestas em meio ao combate.

A velocidade, o tamanho, a resistência aos mais variados ataques, todas essas e mais outras características nas quais os dinossauros adestrados superam os soldados trodontes, identificam a importância deles numa guerra.

Este texto visa, primariamente, identificar cada tipo de dinossauro usado no campo de batalha. Em seguida, serão estudadas suas características, seus pontos fortes e fracos, como devem ser utilizados, como devem ser combatidos, entre outros pontos.

Ceratopsídeos

Os Ceratopsídeos são a linha de frente de qualquer exército. Os chifres das criaturas, alinhados com o solo, garantem que qualquer grupo que se choque contra eles, possuindo ou não dinossauros, saia seriamente ferido do confronto.

Se usados para a defesa, os ceratopsídeos devem ser postos em linha, protegendo os soldados trodontes e os outros dinossauros, logo atrás. O movimento de escavação, com o dinossauro inclinando a cabeça ligeiramente para baixo e jogando-a para cima, é ideal para acertar tanto mais soldados trodontes com eficiência (lançando-os para o alto), como outros dinossauros de combate, justamente nas parte vulneráveis (apesar de que dificilmente o oponente atacará uma linha de ceratopsídeos com uma besta como o anquilossauro).

No ataque, a tática é semelhante: os ceratopsídeos devem ser dispostos em linha reta, ocorrendo então o ataque de maneira uniforme, com o objetivo de atropelar o exército inimigo, causando a maior quantidade de dano possível aos seus soldados. Aqui o movimento de escavação não é recomendado, visto que é valorizada mais a velocidade e o momento ao qual estarão sujeitas as bestas.

Vale destacar que os ceratopsídeos ficam relativamente vulneráveis, se não protegidos, após o ataque inicial, quando a situação do campo de batalha torna-se mais caótica. Uma formação que pode impedir isso é o círculo fechado. Os ceratopsídeos com isso impedem os ataques traseiros (o ponto fraco de um ceratopsídeo é justamente esse). Além disso, essa formação é ideal para a proteção dos arqueiros e das máquinas de guerra como balistas e catapultas.

Entre os ceratopsídeos mais usados no campo de batalha, encontram-se:
- o Triceratops, a espécie mais robusta, chegando a 9 metros de comprimento;
- o Anchiceratops, uma espécie menor, de 6 metros de comprimento;
- o Styracosaurus, outra espécie menor, também de 6 metros, com o diferencial de possuir apenas um chifre frontal e uma “coroa” de chifres no topo do crânio.

Anquilossaurídeos

Os anquilossaurídeos, ou anquilossauros como são mais comumente falados, são as principais unidades de combate de um exército trodonte.

Com suas complexas armaduras naturais ósseas e a poderosa clava na ponta da cauda, esses dinossauros se destacam tanto na neutralização de dinossauros como os ceratopsídeos e os grandes saurópodes, como na derrubada de portões que impeçam a passagem do exército atacante.

Deve-se ressaltar a importância da defesa dos anquilossauros, devendo esta ser feita por soldados. Essas criaturas são ótimas no combate contra outros dinossauros, mas falham ao se proteger dos bravos soldados cuja missão é justamente mata-los. Apesar da grossa couraça, esses dinossauros possuem o ventre totalmente desprotegido, tanto que o modo mais eficaz de se matar um anquilossauro inimigo é fazendo com que um soldado trodonte perfure-o por baixo. Outra opção seria usar um ceratopsídeo que seja capaz de virá-lo para expor as partes vulneráveis, mas a experiência mostra claramente que os anquilossauros levam vantagem defendendo-se.

Um ponto forte dos anquilossauros que merece ser analisado mais a fundo, é sua grande capacidade em derrubar barreiras com suas clavas ósseas. No caso de um portão de madeira, por exemplo, dois Pinacossaurus são capazes de derruba-lo facilmente com golpes sucessivos e simultâneos. Existe um relato de um ataque à uma fortaleza em que, na impossibilidade de atacar os pesados portões de ferro por motivos de espaço, um general trodonte ordenou que todos os anquilossauros começassem a golpear conjuntamente e de maneira sincronizada as muralhas. Após algumas dezenas de golpes, apenas os seus pesados blocos restavam no chão.

Os anquilossaurídeos que apresentam melhores resultados no campo de batalha são:
- o Ankylosaurus, a maior espécie, que chega aos 10 metros de comprimento;
- o Pinacosaurus, uma espécie menor, de cerca de 5,5 metros (ideal para a derrubada de portões).

[continua]

6 comentários:

D-mariano disse...

Eu acho, que os dinossauros tem medo de rato, assim como os elefantes.

Meu exercito de ratos ownaria o seu de dinossauros..xD

Anônimo disse...

Do ponto de vista de um ser humano, acho maldade colocar esses bichinhos para lutar as nossas batalhas. Que morram pessoas e não dinossauros em nossas guerras estúpidas.

E que morram aqueles com "culpa no cartório" e não inocentes. Utópico, não? Inocentes morrem como estratégia de desmotivar o inimigo, mas não creio que as pessoas pensariam o mesmo de dinossauros.

E também não acredito que eles se organizariam em exércitos da maneira como é descrito no texto. Muitos são individualistas ou - mais comum - andam em bandos com seus iguais.

Resumindo: você é malvado. :P

Ivan Yukio disse...

Bianca, muitas raças de dinossauros tinham vivência de bando incluindo forte sentimento de clã, algo como elefantes hoje em dia. Então acho que é plausível que se organizassem dado tempo suficiente.

Agora, exército de dinossuro = quantidade de insumos inacreditável para manutenção hein. Não sei se haveria logística capaz de manter tal coisa sem que começassem a rivalizar por comida a menos que houvesse algum tipo de engenho de excelência genética nos cultivos de alimentos.

Nefelibata disse...

Embora a possibilidade de uso de dinossauros em campo de batalha seja de impressionar, não acho que eles seriam mais importantes que soldados (no caso, trodontes, mas que suponho serem semelhantes a nós, humanos). Digo, sem treinamento, o que eles fariam por si só? Não devem ser diferentes de cavalos, camelos ou elefantes que eram usados antigamente. Soltos na natureza, são apenas peças fungíveis da cadeia alimentar.

Mas realmente, manter linhas de animais de 9 metros de tamanho é algo realmente caro. Seria mais fácil tê-los, talvez, como unidades de combate após o assalto inicial, não sei... eles penetrariam no campo de batalha causando destruição e caos XD

De uma forma ou de outra, certamente isso iria mudar bastante toda a idéia de guerra antiga que temos hoje. Catapultas cercadas por triceratopos? Não me parece fazer muito sentido... sei lá...

Hahaha, engraçado seu texto, garoto...

Rabay disse...

Pessoal, não sei se vcs entenderam, mas a minha idéia foi fazer um texto sobre um detalhe (como funcionaria uma guerra) num mundo que eu imaginei para eventualmente escrever uma história épica... A idéia a princípio não foi discutir a justiça dos dinossauros lutando por nós por exemplo heheh, claro vocês podem fazer essas análises, mas lembrem-se que mesmo que houver algo que pareça muito forçado, eu poderia "dar a desculpa" de ser apenas uma história de ficção, e pedir a vocês que "suspendessem a descrença".

@DJ: Realmente, os Mythbusters até já provaram que elefantes têm medo de ratos, talvez os dinossauros tivessem medo também, ou talvez eles apenas pisassem e esmagassem XD

@Bibi: Então, acho que eu não deixei claro que todos esses dinossauros seriam adestrados e também montados, tal qual os elefantes como o Ivan disse.

Sim, tem essa questão dos dinossauros estarem lutando por nós, mas não acho que seja algo a ser explorado numa história épica, a proteção aos animais pré-históricos heheh, pelo menos não por enquanto.

@Ivan: É, eu não tinha pensado nessa questão da alimentação, afinal os dinossauros comeriam toneladas de folhas todos os dias.

Mas quanto a isso eu estou pensando em duas hipóteses: os eventuais adestradores de dinossauros viajariam pelo mundo levando suas manadas (talvez cada adestrador cuidasse de apenas uma espécie), e encontrando o alimento pra elas pelo caminho, conforme também fossem vendendo os dinossauros adestrados; ou então haveriam imensas plantações (poderia-se dizer que grande parte da superfície dos continentes estaria ocupada por elas, em comparação com a nossa Idade Média, na qual de certa forma o mundo ainda estava em boa parte desocupado), com boa parte destinada à alimentação dos dinos.

Bom, o mais importante é ressaltar a importância que os dinossauros teriam nesse mundo, não só na guerra, como no transporte de cargas, pessoas, na construção, etc. Seria um mundo da Idade Média, mas muito mais produtivo, graças ao uso desses dinossauros.

@Thiago: Os dinossauros não seriam mais importantes que os trodontes de modo geral (afinal eles que controlam os dinossauros), mas mais que soldados comuns, talvez. Eles teriam importância equivalente a que tem um tanque de guerra no campo de batalha hoje em dia por exemplo.

Novamente quanto à questão dos insumos, pense por exemplo num caça. Ele custa milhões de dólares, mas o benefício em poder de destruição é tamanho, que o custo compensa. Assim seria por exemplo com um tricerátopo, que correndo em direção a um exército inimigo, seria capaz de abater dezenas de soldados comuns. Também não haveria um exército de dinossauros no campo de batalha, mas algumas dezenas deles, que já seriam de suma importância.

Essa formação de círculo os tricerátopos reamente faziam para proteger os filhotes, a idéia seria prevenir ataques corpo-a-corpo contra as armas de ataque à distância, as balistas e catapultas.

Professor André disse...

Idiotas.

Dinossauros não viveram com o ser humano.
Os dinossauros foram extintos cerca de 65 milhões de anos atraz e o homem (homo sapiens) é muito mais novo no planeta cerca de 2 milhões de anos somente.