sábado, 17 de maio de 2008

Não mais simples joguinhos

Quando eu era criança, eu costumava jogar muito vídeo-game. Cheguei a ter o primeiro vídeo-game lançado no Brasil, o Atari 2600 (ou seria 3600? Não me lembro), depois tive o Master System, seguido do Super Nintendo e, finalmente, o Playstation (1), que foi meu último vídeo-game, pelo menos até agora.

Por algum motivo eu acabei deixando de lado o vídeo-game; ou melhor, acabei não acompanhando os seguintes lançamentos, lembro-me no máximo de querer comprar um Nintendo 64 à época do lançamento, o que acabou não vingando. Acho que os jogos de computador e a internet também devem ter ajudado a me afastar dos lançamentos, além do fato de eu acabar sempre jogando na casa de algum amigo, e jogos que geralmente, sozinhos, não tem a mesma graça (Mario Party seria um bom exemplo disso).

Mas recentemente, eu acabei "retornando" a esse mundo, coisa que eu aconselho os antigos jogadores a fazer, e aqueles que nunca foram, a pelo menos experimentar (afinal a indústria cresceu muito, é razoável pensar que eles progrediram na capacidade de agradar a diferentes tipos de jogadores). Pois bem, peguei um Playstation 2 emprestado, mais precisamente a princípio pra jogar o jogo da série 24 Horas. E então veio o choque. Parecia que os jogos tinham avançado tanto, em comparação com o que eu conhecia “da minha época”. Não só quanto aos gráficos, que eu já certamente tinha visto, mas a jogabilidade de alguns deles, como God of War 2 por exemplo (que junto do jogo de 24 Horas, eu terminei em uma semana), os tornava assustadoramente viciante.



E hoje, eu passei para a atual última geração em definitivo. Tive o privilégio de jogar Xbox 360, e entre os jogos, a sensação do momento, GTA4. O vídeo-game não fui eu que comprei, mas um amigo cujo irmão viajou para os EUA, onde os preços são bem mais acessíveis; eu apenas fui lá jogar. E eu digo sensação do momento porque esse jogo bateu o recorde de um lançamento da indústria do entretenimento, ou seja, suas vendas superaram em lucros os de qualquer filme ou livro para o mesmo período de tempo.

Os gráficos são de impressionar, o nível de detalhamento é tamanho, que a cidade de GTA4 praticamente tem vida própria. É como se fosse mais que um jogo, quase um simulador da realidade, chegando ao ponto de que você pode assistir uma programação completa de TV dentro do jogo, podendo até parar para ligar para o telefone provindo de uma propaganda e fazer uma compra.



Mas não é só esse jogo, outros também são muito detalhados. Por exemplo, Call of a Duty 4, um jogo de guerra em que realmente você se sente dentro de uma guerra, com gritos conflitantes e a fragilidade do seu personagem (um ponto a mais para a simulação). Quanto aos detalhes, chega a ser estranho imaginar que tanto trabalho foi direcionado a esses jogos, e um número tão pequeno de pessoas, pelo menos no Brasil, é capaz de conferir isso, principalmente devido aos impostos que esses eletrônicos têm que pagar antes de entrar e que inviabiliza seu comércio para o grande público (meu amigo disse que não conhecia nenhum brasileiro que tenha comprado aqui esse video-game). Eu li a respeito, não sei se informação procede, que esses impostos visariam proteger a indústria nacional… Mas isso é realmente justo? A indústria nacional produz algo de relevante na área de jogos eletrônicos? Não seria essa uma política equivocada, feita por gente que não conhece nada do assunto?

Retornando aos jogos em si. Devo dizer que os gráficos me impressionaram, mas vale lembrar que a diversão também é importante. Apesar de achar os outros jogos bonitos, eu acabei jogando muito mais Guitar Hero III, que é um jogo simples em concepção, onde os gráficos não são o ponto mais importante. Algo parecido com o que acontece com a maioria dos jogos do Wii. Os jogos são mais divertidos e intuitivos, em vez de aprimorados graficamente. Eu, antes de jogar Guitar Hero, pensava que só jogadores experientes seriam capazes de fazer as seqüências, mas logo acabei pegando o jeito, e me viciando no jogo.

Pode parecer então que os jogos mais divertidos que “bonitos” devem prevalescer. Não necessariamente. Esses jogos, como GTA4, Call of Duty, podem só parecer difíceis e "chatos" a princípio. Com o tempo (e a experiência ao joga-los) eles poderão ser tão ou até mais divertidos que os jogos, vamos dizer, “automáticos”.

Pra terminar, o que esperar do futuro? Eu espero uma conciliação, talvez até para a próxima geração de vídeo-games, da interatividade com os gráficos aprimorados. Claro, também, os dois podem ainda ser muito aprimorados. Encerro com o seguinte link, com um vídeo que me impressionou, de como o Wii por exemplo poderia ser explorado ainda mais futuramente.

5 comentários:

Nefelibata disse...

Meu primeiro video-game foi um Master System daqueles que tinha o jogo do Sonic na memória, ou seja,lançado quando Super Nintendo era algo já consolidado. E comprei ainda usado de um primo meu, como presente de aniversário para meu irmão. Era engraçado porque, se não me engano, o PlayStation já era badalado nas locadoras/fliperamas e eu ia lá alugar cartuchos de Master System.

Tudo isso porque nunca tivemos dinheiro para comprar isso na minha infância XD

Mas o tempo passou e conseguimos um PlayStation, e foi a melhor época da minha vida como videogamer XD PlayStation foi tudo; reuniu uma época de desenvolvimento e envolvimento com jogos que até hoje não senti se repetir. Foi um troço tão intenso que até hoje vira e mexe vejo um baba-ovo da nintendo que se transformou nisso justamente nessa época. De certa forma, a disparidade era tão acentuada que acredito que isso foi o motor e combustível iniciais de um processo que resultou na criação do Wii, porque só fazendo algo totalmente revolucionário é que a nintendo poderia ter chances de concorrer com esses caras decentemente.

Sobre o outro assunto, eu duvido que o Governo queira proteger a indústria nacional de games, se é que isso existe. A política protetiva em si é até algo que eu prezo, porque supondo que houvesse uma indústria nascente de games aqui, eles jamais conseguiriam competir com a indústria americana ou mesmo a japonesa e morreriam nascituros. Entretanto, na minha opinião, nem sequer existem incentivos materiais do governo em educação básica, quanto mais em uma área de pesquisa e desenvolvimento de games... ou seja, é tudo sanha para tomar dinheiro.

Ivan Yukio disse...

Console Wars atual:
Xbox360: Amado nos Estados Unidos, odiado na Europa e Japão, tem a maior variedade de jogos e o maior número de títulos uma vez que foi lançado um ano antes de seus concorrentes. Público alvo é o jogador ocidental que só consegue jogar com amigos via online. Maior problema é a taxa de falha fatal do console de 33%. Em outros países é só mandar para a representante, mas no Brasil, por exemplo, se isso acontecer, vc perde o console e seus 1300 reais. 33% é uma taxa de falha muito alta. Outras críticas muito feitas são as de que uma parte muito grande de sua biblioteca de jogos é composta por jogos de tiro em primeira pessoa e que os seus jogos de sucesso acabam sendo sempre lançados para PC.
Jogos exclusivos relevantes: Halo 3

Playstation 3: Por enquanto está atrás dos outros dois, beeeem atrás nas vendas e não possui nenhum jogo exclusivo relevante. Some-se a isso seu preço de 599dólares e a incompatibilidade com jogos de playstation 1 e 2 e temos a causa da sua falha no mercado. Até o momento, causou um prejuízo enorme à divisão de games da Sony, incluindo a demissão de seu criador Kaz Hirai.
Jogos exclusivos relevantes: Ratchet and the Clank Future

Nintendo Wii: Atual vencedor em número de vendas, o console mais barato e menos potente da geração mostrou que uma experiência inovadora associada a forte campanha de marketing viral é a chave para trazer os não-jogadores para o mundo dos games. Custando apenas 250dólares e possuindo jogos para pessoas de idades desde 3 até 60, o Wii esteve em falta de estoque desde o seu lançamento em nov 2006. Além dessa base casual de novos fãs, possui uma extensa base de "fãs leais" que formou desde o NES.
Jogos exclusivos relevantes: Super Mario Galaxy, Metroid Prime 3 Corruption, Super Smash Bros Brawl.

Anônimo disse...

Eu sou a mais atrasada xDD~
Tive um Super Nes, um Play one e um Play 2 xD~
E morrroooo de preguiça de montar o videogame (e minha mãe odeia que ele fique montado atrapalhando o caminho).

Fora de todas as brigas, quero ver qual será o próximo console que irão inventar.

Rabay disse...

Só uma coisa engraçada que acabei de lembrar... Outro dia um cara lah na poli não sabia o que era um wii, nem um XBox, nem nada, se confundiu todo huahuahuahu

Aí falamos pra ele que o video-game do momento era o Playstation Wii, e que vinha na XBox XDDD

Depois eu comento mais =P

Anônimo disse...

Demorei pra ler isso aqui XD, mas vamos à historinha ^^

Meu primeiro video-game foi um Mega Drive III, que veio com o jogo Mortal Kombat II, que eu achava muito legal, me divertia horrores, até minha mãe(isso mesmo) jogar um dia contra mim, escolher o Jax(o único personagem negro do jogo) e me dar uma surra sem tamanho.. nunca fiquei tão frustrado por perder uma partida de MK.. bom, depois vieram jogos como sonic 3 e S & Knuckles, Balls(num sei se era esse mesmo o nome, mas sei que foi o primeiro "jogo de luta totalmente 3D" ao menos era o que dizia a caixinha do jogo.. e tinha personagens legais como um cara chamado turbo e um dos últimos chefes era um tiranossauro(WOW) todos feitos de bolinhas coloridas empilhadas, no melhor estilo vectorman, só que de luta) depois de um rolo do meu pai e do meu tio, fiquei sem vídeo game um tempo, então comprei um sega saturn, que tinha Nights, Iron Man & Man-o-War, e mais uns jogos legais que não lembro dos nomes.. então no cursinho pré GV, um cara da minha sala queria pq queria o saturn, e como ele queria trocar por um 64, consegui fazer o rolo e pegar o 64.. depois, durante a GV vendi minhas cartas de magic e comprei um PS1 que tem o jogo que mais gosto, o FFVIII(que ainda não acabei, mas to sempre jogando XD) e teve o FFIX e mais uns RPGs bons... por fim veio o PS2(que emprestei pro rabay nas férias ^^) e que me diverte bastante também.. mas, ainda acho que a época que eu mais gostei foi a do Mega Drive/SNES, porque tinha Sonic e Super Mario World.. que são clássicos dentre os clássicos(pra mim, já que não vivi a fase do alex kidd, pitfall e companhia) bom, acho que ficou meio confuso esse post mas beleza XD